terça-feira, 9 de novembro de 2010

Reunião do dia 09 de novembro


Ao longo do ano propomos discussões acerca da inserção das tecnologias digitais nas práticas docentes. No encontro de hoje vamos utilizar o blog como potencializador do processo de aquisição da escrita, através da seguinte dinâmica:

- Discussão das ideias de Paloff e Pratt à entrevista que concederam a Revista Pátio.
- Interação no blog.

28 comentários:

GEITEC - Grupo de Estudos Inclusão Tecnológica disse...

No texto tem o seguinte questionamento: O computador e a internet servirão de estímulo à leitura ou serão uma ameaça a ela? Por quê?
Acredito que se as pessoas estiverem estimuladas a leitura não vai ser a internet que vai mudar alguma coisa. O problema é que as pessoas não tem o hábito de leitura nem no meio impresso!

Lingua e Ideologia disse...

Na minha opinião os livros, no futuro, serãoimpressos em pouca quantidade e maioria deles estará disponível apenas em sua forma digitalizada, já que, acredito que ainda existirão alguns inadaptados, como eu, que acham desconfortáveis a leitura na tela.
Com relação ao aumento de leitores com o uso da internet, acredito que, se bem utilizada, a internet pode servir para fomentar o hábito da leitura, já que há um maior número de textos e livros disponíveis no espaço digital.

Vanda disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Michele Lemos disse...

Sobre a entrevista de Pallof e Pratt, não concordo com o fato de que a internet possa vir a substituir os livros, assim como o uso de tecnologias digitais não excluem o papel do professor em aula. Vejo todas essas tecnologias como potencializadoras de aprendizagens, logo elas devem ser vistas como aliadas nos processos tanto de ensino quanto de aprendizagem.

GEITEC - Grupo de Estudos Inclusão Tecnológica disse...

Concordo com os autores no fato de que não basta existir as tecnologias na escola se os professores não forem treinados para isso e se os mesmos não estiverem dispostos a se "reciclar". Michele Acosta.

Vanda disse...

Eveline, de acordo com o texto, a internet se bem usada, realmente têm aumentado o nível de comunicação pela escrita entre as pessoas e ela exige que leiamos mais. Portanto, essas habilidades se tornarão mais importantes, não menos. O que achas disso?

Michele Lemos disse...

No primeiro questionamento da entrevista os autores trazem algo muito interessante, que a internet esta mudando nossas relações de leitura e escrita. Isto realmente está acontecendo, podemos notar que a escrita mudou bastante devido aos sites de relacionamento e mensagens instantâneas. Mas como encarar isto? seria realmente uma nova linguagem?

Vanda disse...

Michele, temos de deixar claro que esta é uma escrita coloquial e tem determinados momentos temos que usar uma linguagem culta.

Unknown disse...

Olá ao GEITEC e demais pessoas que postaram!!!
A respeito da entrevista dos autores Rena Paloff e Keith Pratt à revista Pátio, acredito que os livros impressos não serão subistituídos pelos livros digitais. Porém, sua disponibilização irá contribuir para a ampliação do acesso a leitura.

Unknown disse...

Olá Vanda e Michele,
acredito também que seria uma nova linguagem, pois é uma forma de se expressar utilizada somente nas ferramentas de internet como sites de relacionamento e de bate-papo.
Abraços

Vanda disse...

Praticamente em todos os estados americanos requer-se que os professores tornem-se competentes no uso de computadores a fim de que possam manter a licença para lecionar(Paloff e Pratt, 2005). Se no Brasil fosse assim o que aconteceria?

Michele Lemos disse...

Vanda, também concordo com isto, a linguagem formal (culta) não pode ser abandonada, até porque fazem parte de nossos costumes, nossa identidade, porém, e como os autores citaram esta parece estar sendo uma nova linguagem presente na vida dos "nativos digitais", e acredito que tens notado esta linguagem na escrita de teus alunos.

GEITEC - Grupo de Estudos Inclusão Tecnológica disse...

Os alunos de hoje, por não possuírem a prática da leitura,se perdem ao escrever os resultados de suas pesquisas, o que dificulta o seu processo de aprendizagem. Como resolver esse problema? Michele Acosta.

Michele Lemos disse...

Adriana, pode sim ser uma nova linguagem, porém não está sendo utilizada somente nas ferramentas de internet, vejo que os alunos já estão tranpondo estes símbolos para suas escritas escolares.

Tiago Dziekaniak disse...

Olá colegas!

Acredito que não haverá uma substituição direta entre artefatos, entretanto, ao inserir a cultura do livro digital, a facilidade ao acesso a diversos títulos poderá estimular a leitura.

Tiago Dziekaniak disse...

Vanda

aprendemos no momento em que provocados, indagados, saber lidar com a tecnologia por imposição ou por uma simples necessidade que irá assegurar nossos empregos poderá configurar um espaço de uso não-consciente destas ferramentas e consequentemente o uso pelo uso, sem vínculo para promover aprendizagens mais significativas.

Maria de Fatima Baldez Rodrigues disse...

Olá!

Em entrevista à Revista Pátio, Fevereiro à Abril de 2005, Rena Paloff e Keith Pratt relatam os objetivos de "pesquisar on-line e fazer uso dos recursos da internet", nos laboratórios de informática da maioria das escolas dos Estados Unidos. No Brasil, nossas escolas, em sua maioria, contam com Laboratórios de Informática bem equipados, com acesso a internet. Entretanto, é pertinente o questionamento de como estas ferramentas tem sido utilizadas como potencializadoras dos processos de ensino e de aprendizagem.

Vanda disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Lingua e Ideologia disse...

Oi Vanda, de acordo com a sociolingistica a divisão entre lingagem "coloquial" e "culta" é uma forma de desprestígio da bagagem cultural do aluno, o deal é falarmos em variantes de fala com mais ou menos prestígio social. Assim, não se anula a cultura do aluno.

Unknown disse...

Oi Tiago,
concordo contigo pois de certa forma é o que já ocorre nas escolas do nosso município. Os computadores chegam às escolas e os professores são precionados pela direção a fazerem o uso deles, mesmo sem estarem apropriados dessas tecnologias e de metodologias adequadas.
Abraços

Vanda disse...

Eveline, mas estas variantes são aceitas como culta ou temos que ensiná-los a usar a linguagem de acordo com o objetivo da escrita, por exemplo, em um trabalho da escola posso usar a mesma linguagem que uso para escrever um bilhete para um amigo?

Tiago Dziekaniak disse...

Oi Adriana

Sim, vários são os relatos do uso demasiado da tecnologia pela tecnologia, mas nenhum é sobre dos beneficios que este uso faz na vida dos sujeitos envolvidos neste processo. Por isso, lanço o questionamento: Os computadores, o aparelho multimídia, a televisão estão cada vez mais presentes nas escolas da rede pública, mas o que fazer com eles se o professor não sente necessidade, ou até mesmo não considera importante utilizar em sua prática?

Maria de Fatima Baldez Rodrigues disse...

Vanda e Tiago

O que torna um professor competente, o que faz com que a utilização de algumas ferramentas seja consciente e o que é Aprendizagem Significativa?

Abraços

Lingua e Ideologia disse...

No site da Nova Escola há uma matéria bem interessante sobre como orientar os jovens sobre os usos da internet.
Vamos ler e discutir essa questão?

Link/; http://revistaescola.abril.com.br/crianca-e-adolescente/comportamento/jovens-teconologia-602331.shtml

Tiago Dziekaniak disse...

Oi Maria!

Excelente questionamento. Considero que um professor competente aquele que faz da sua sala de aula um ambiente de cooperação, no qual as aprendizagens geradas neste ambiente são de extrema significação para a vida dos sujeitos envolvidos neste processo no qual alunos e professores se utilizam de diferentes artefatos para promover a construção de suas aprendizagens. Usar as tecnologias digitais de forma consciente é isso, promover um espaço de discussão e interação com as mesmas no qual o compartilhar e o significar fazem parte deste processo, transformando assim este espaço num ambiente de aprendizagens "mais" siginificativas, porque acredito que se é aprendizagem é significativa, que no meu ponto de vista é a aprendizagem que decorre do processo de significação dos conteúdos, é significativo por que tem valor no que realmente interessa na vida de cada sujeito.

Unknown disse...

Oi Tiago,
acredito que se o professor não acredita no potencial das tecnologias disponíveis em sua escola, não precisa utilizá-las. Mas pode e até ouso em dizer que deve pesquisar e se informar a respeito das possibilidades e contribuições de uso, visto o grande investimento ao adquirir esses recursos.
Abraços

Lingua e Ideologia disse...

Vanda, a questão levantada por teóricos da socioíngustica como Marcos Bagno, é justamente romper com essa distinção entre linguagem culta e linguagem popular, pois passa a idéia de que o conhecimento de mundo do aluno não é cultura. É cultura, mas não o que é legitimado pela sociedade como o padrão de linguagem. A idéia é preservar uma escrita padronizada para textos formais e disponibilizar o acesso a esse generos mais formais aos alunos, mas não desvalorizar a escrita e a fala desse aluno, mas mostrar-lhes que existe outras formas de escrever e falar, que são usadas em situações mais formais como em resumos, resenhas, artigos de opinião, notícias, apresentação de seminários. No entanto,variantes menos monitoradas por esse olhar acusativo do "está fora do aceito socialmente", podem aparecer tranquilamnete na literatura, na publicidade, no MSN, no Orkut, em um bilhete deixada para a mãe. Ou seja, temos que saber usar a linguagem adequada ao gênero textual que estamos utilizando.

Vanda disse...

Eveline, de acordo com o texto sugerido especialistas apontam a dificuldade dos jovens para entender que é preciso se comprometer com as ações realizadas no mundo virtual, e ainda comenta que a recusa de se responsabilizar pelas próprias ações, é característica da adolescência. Acredito que, também é responsabilidade da escola trabalhar com estas questões.

O Grupo de Estudos Inclusão Tecnológica – GEITEC visa buscar nas suas atividades, problematizar o imbricamento das tecnologias digitais e de metodologias de ensino-aprendizagem em ambientes educativos tendo na discussão e na experimentação, com ferramentas da tecnologia digital, seu foco de trabalho, buscando estabelecer condutas consensuais que sejam resultantes do estar juntos em interações recorrentes.